sábado, 23 de agosto de 2014

Maratona de Santa Catarina

A vontade de fazer uma maratona solo veio há uns três meses. As únicas referênciaa que eu tinha era a meia maratona feita em junho e a maratona do Iron, mas é diferente. A simples idéia de ter que segurar um ritmo forte por 42km vinha me causando medo em todos os treinos.
Estava fazendo um treino longo por semana, sempre no jardim botâncio aqui em Curitiba. No final de cada um deles tentava imaginar se conseguiria manter aquele ritmo até fechar 42km, mas nunca parecia possível.

O objetivo era fazer a prova com pace perto de 4:25 até que eu sentisse que dava pra mudar, para mais ou para menos.
Confesso que cheguei a sonhar com um sub 3h, pace médio de 4:15/km, mas como era minha primeira maratona solo, resolvi não arriscar para não quebrar. Sair para 4:25/km, daria 3h08'36'' nos 42,7 km percorridos.

Cheguei cedo no domingo, logo encontrei o Astério e aquecemos junto. Só um trote para lubrificar as articulações.
Alinhei para a largada e tentei lembrar dos treinos, mas eu tava nervoso. Não saberia se terminaria a prova bem e eu estava com medo dos 42 km.
Larguei com o bolo de corredores, prestando atenção na respiração, esforço e técnica de corrida (ruim por sinal).

Tem gente que parecia que ia fazer 10 km. No segundo quilômetro tinha nego todo suado, respiração mega ofegante, muito louco.
Começo da prova foi bem tranquilo, a maior preocupação foi controlar o ritmo. A cada 1 km dava uma olhada no garmin para ver o pace. Parecia tudo em ordem, talvez um pouco rápido, mas a sensação estava bacana e mesmo distante dava pra ver o 42 km no meio de muitas nuvens e neblina.

Passando pelo passarela de novo com 12 km, local da largada, tudo estava em ordem. Agora era ir até a UFSC pela beira-mar para completar metade da prova. O clima estava perfeito e me sentia bem correndo.
Até então tinha uma esperança de conseguir negativar o ritmo no final da prova. No km 16 pela primeira vez achei que não fosse possível, e com o passar dos quilômetros a esperança foi desaparecendo.
Depois do retorno dos 22 km na UFSC, parece que só tinha subida! Bem leve é claro, mas combinada com um ventinho ficou bem difícil manter o ritmo com o mesmo esforço e o pace caiu um pouco. Para piorar mais um pouquinho, começou a esquentar e o sol apareceu absoluto lá no alto lá pelo km 28. Mas para ajudar bastante meu pai estava ali no Koxixo torcendo e a Rebeca apareceu de bike para me acompanhar até o final.
Em todo posto de hidratação comecei a jogar água nas pernas e na cabeça para amenizar o calor e as dores que começaram a aparecer na parte lateral do quadril, nada anormal.
A sensação de subida e de vento contra foi até o túnel, km 32. Os km 30 e 31 saíram para 4:35/km de pace. Entrando no túnel decidi forçar um pouco com esperança em negativar até o final da prova. Os km 32 e 33 saíram para 4:30, mas o batimento subiu e começou a travar o abdomem.
Visualizando a linha de chegada tive que diminuir o ritmo, que caiu para 4:40-4:50/km. E o retorno na Via Expressa Sul não chegava nunca! A maioria dos outros corredores estavam quebrados, muitos andando. Os que conseguiam manter o ritmo destoavam do resto. Mesmo meu ritmo caindo e correndo para uma maratona de quase 3h30', passei bastante gente a partir do km 32.
Enfim cheguei no retorno e só faltavam 5 km! A linha de chegada estava próxima, eram só 5 km! Caralho, que quilômetros demorados, não passava nunca. E eu estava no limite, doiam muito as pernas. Mas lembrando de curtir aquele momento único de estar no limite da dor e da quebra, lembrando a oportunidade de poder completar uma maratona, não ia desistir, e olha que deu vontade.

O túnel parecia estar a centenas de quilômetros, mas quando ele chegou, ou eu cheguei nele, não tinha mais erro, era só chegar. Com a Rebeca, o Luisão, o Paulinho e o Décio de bike incentivando tirei o resto das força que tinha pra acelerar até o final. Com umas pontadas de cãimbra fechei a prova para 3h12'20'', pace médio de 4:29/km. Fechei em 24º geral e em 5º da categoria.



Tinha esperança de fazer um tempo melhor, mas foi altas prova, no limite, e mesmo jurando durante a corrida que não faria outra maratona, já estou planejando outra!

Link do Garmin: http://connect.garmin.com/activity/568526062

VOLTA PACE MÉDIO
00-05 04:21
05-10 04:21
10-15 04:25
15-20 04:25
20-25 04:26
25-30 04:31
30-35 04:34
35-40 04:48
40-42,7 04:24



















segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Número dos Treinos para o Dash



Chegou mais uma competição. Distâncias 70.3. Dash. Prova foco do segundo semestre.
Fui registrando os treinos e agora eu preparei um resumo das 10 semanas que antecederam o Dash.


Na primeira semana ainda não estava nadando devido um tombo de MTB no Cross Triathlon. Não vinha treinando quase nada, estava quase sedentário.

Acho que treinei pouco tempo. Desculpas? Me mudei para Curitiba a pouco tempo, sai da casa dos meus pais e vim morar sozinho, comecei a trabalhar 8 horas por dia ou mais, enfim.. Não fiz 21,7% dos treinos propostos, 18/83.


O importante é que todos os minutos contabilizados acima foram bem aproveitados e percebi uma evolução em relação a preparação pro Ironman de Floripa.

Uma curiosidade foram os treinos indoor. Está bem que natação indoor é bem comum, mas tanto treino de bike no rolo assim foi novidade, pelo menos para mim. Só 4 treinos de 21 realizados foram na rua, 19%. A corrida eu fiz a maioria no Jardim Botânico, no próprio parque ou no velódromo.

 




De bike fui uma vez no velódromo só. Bem louco, a pista é muito inclinada na parte de cima da curva, não tive coragem de fazer toda a curva por ali nenhuma vez.

55h36’ de treino total, em dez semanas, média de 5h33’ por semana.

Agora chegou a hora de fazer força e aproveitar a prova.
Boa sorte a todos nós.